AS CONCEPÇÕES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE PROFESSORES DE ALUNOS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)

Rozelia Alves da Silva

Resumen


Esta pesquisa incide sobre a análise das concepções e práticas pedagógicas de professores de alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) nas séries iniciais do Ensino Fundamental das escolas municipais da cidade de Parnamirim, Brasil. Esse estudo surgiu de inquietações no âmbito escolar em relação às interrogações e dificuldades encontradas pelos professores ao lidarem com alunos que possuíam o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Esses alunos por apresentarem uma agitação anormal em suas atividades que compromete a sua concentração são geralmente, estereotipados e excluídos no ambiente escolar, devido, muitas vezes, a falta de conhecimento sobre esse transtorno e da falta do preparo dos professores para lidarem com esses alunos em sala de aula. O TDAH é um transtorno neurobiológico de origem genética que afeta a concentração e a memória, gerando na criança grandes dificuldades de aprendizagem. Com o intuito de analisar as concepções e práticas pedagógicas de professores de alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) nas séries iniciais do ensino fundamental das escolas municipais da cidade de Parnamirim, Brasil adotou-se uma pesquisa do tipo descritiva, de modelo transversal e de enfoque qualitativa. Os sujeitos participantes da pesquisa foram onze professores de alunos com TDAH nas séries iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) de três escolas municipais da cidade de Parnamirim, no Estado do Rio Grande, Brasil, sendo três professores da Escola Municipal Maria de Jesus, três professoras da Escola Municipal Osmundo Faria e cinco professores da Escola Municipal Irene Soares da Silva. Para viabilizar a coleta de dados utilizamos como técnicas e instrumentos a análise documental (roteiro de análise documental), a observação sistemática não participante (pauta de observação) e a entrevista semiaberta (roteiro de perguntas). Como embasamento teórico utilizamos alguns autores como: Torres (2005); Fitó (2012); Libâneo (2012); Tardif (2014); Minayo (2013); Sampiere (2014); e Campoy (2018), entre outros. Os resultados evidenciaram que a maioria dos professores concebe o TDAH apenas como hiperatividade (uma inquietação ou agitação) e também concebe como uma dificuldade de aprendizagem, demonstrando terem pouco conhecimento sobre esse transtorno. Também foi constatado que esses professores possuem uma prática de ensino predominantemente tradicional, utilizando métodos de ensino que não promovem a interação dos alunos com o conhecimento, mas que visam apenas transmitir o conhecimento para eles através da exposição de conteúdos pelo professor ou pelo livro didático, como o método de exposição pelo professor, tendo a exposição verbal ou aula expositiva como o procedimento mais utilizado pelos sujeitos da pesquisa. Desse modo, existe a falta de um conhecimento mais aprofundado sobre o TDAH por parte dos professores e há um despreparo desses profissionais para lidarem com esses alunos em sala de aula, sendo necessário promover a esses professores um curso de capacitação na área de Educação Especial e um acompanhamento das ações desses professores em sala de aula para dar suporte ao seu trabalho no atendimento aos alunos com necessidades especiais, em especial os alunos com TDAH.

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