INVARIANTES CULTURALES E INNOVACIÓN PEDAGÓGICA: UN ESTUDIO ETNOGRÁFICO EN UNA ESCUELA PÚBLICA MUNICIPAL DE BAHÍA, BRASIL

Resumen

Este artigo analisa como invariantes culturais — entendidas como padrões relativamente estáveis de hábitos, crenças e rotinas escolares — condicionam a adoção de práticas inovadoras em uma escola pública municipal da Bahia. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de base etnográfica, que mobiliza observação participante, registros de diário de campo e entrevistas semiestruturadas com docentes e equipe gestora. A análise interpretativa evidencia a persistência de práticas centradas no professor, ênfase em transmissão de conteúdos e dependência de materiais tradicionais, ainda que coexistam sinais de inovação emergente em iniciativas colaborativas e no uso circunscrito de metodologias ativas. Os resultados indicam que a inovação pedagógica não fracassa, em geral, por razões exclusivamente técnicas, mas por ancoragens culturais que organizam expectativas, tempo didático e critérios de “boa aula”. Conclui-se que mudanças sustentáveis requerem mediação docente crítica, espaços de formação continuada situados na escola e projetos institucionais que conectem desenvolvimento profissional, currículo e cultura escolar.

Palavras-chave: cultura escolar; inovação pedagógica; etnografia educacional; formação docente; resistência cultural.