AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DOS ESTUDANTES COM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA
Resumen
Esta pesquisa tem por objetivo analisar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos docentes do ensino regular, no processo de inclusão dos estudantes com o Transtorno de Espectro Autista – TEA, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Eunice Picanço, situada em Macapá/AP. A metodologia se baseia em um enfoque qualitativo, onde participam sete professores da sala comum. Para a coleta de dados utilizou-se questionários abertos, cujos os dados foram analisados a partir da técnica de análise dos conteúdos. Os principais resultados evidenciam que os professores tem um certo entendimento sobre o autismo, no qual destacam que o autismo é um transtorno que apresenta as alterações comportamentais e de comunicação, o desenvolvimento intelectual, social dos estudantes. Nas concepções dos professores, percebeu-se que os estudantes autistas apresentam como características a dificuldade de interação social, o comprometimento intelectual, desatenção com relação as atividades, se irritam facilmente e são sensíveis. Com relação a percepção sobre a inclusão do estudante com TEA, os professores apresentam uma concepção próxima de inclusão, defendendo que precisam envolver tanto o aluno autista como os demais alunos para participarem do mesmo espaço, com as mesmas tarefas. Concluiu-se que os professores utilizam estratégias de aprendizagem para ensinar os alunos autistas. Executam atividades a partir do uso de recursos visuais, audiovisuais, jogos diversificados, atividades diferenciadas com materiais concretos e lúdicas. Com relação ao planejamento concluiu-se que os professores constroem um único planejamento e fazem adaptações neste planejamento, de acordo com as especificidades e necessidades dos alunos autistas, quando necessário. As principais dificuldades relatadas polos professores foram: a falta de um professor auxiliar, a dificuldade em preparar atividades diferenciadas, sugestão adequada para trabalhar com esses educandos, estrutura física da sala de aula inadequada, a participação da família, a falta de recursos didáticos acessíveis, dificuldade na implementação das estratégias de aprendizagem quando se tem um sistema educacional tradicional, e o professor do ensino regular e do AEE necessitam de formação continuada. Destaca-se a importância de continuar a pesquisa sobre a percepção dos docentes e sua prática pedagógica em relação à inclusão escolar, além de otimizar as estratégias de formação continuada para beneficiar os estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudos longitudinais são necessários para acompanhar o impacto da educação inclusiva, permitindo a criação de políticas mais inclusivas e eficazes.