OS DESAFIOS DA APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL FRANCISCO ORDÔNIO

CLEUDIANA LIMA DA CUNHA

Resumen


A presente dissertação analisa os desafios de aprendizagem no processo de alfabetização e letramento na Escola de Ensino Fundamental Francisco Ordônio, localizada em Tianguá/CE. Foi estruturada e embasada na seguinte questão problema: Quais os desafios da aprendizagem no processo de alfabetização e letramento na escola de Ensino Fundamental Francisco Ordônio? O trabalho é justificado diante da necessidade de desenvolver iniciativas que visem a construção de novas metodologias, e evitem que os desafios de aprendizagem resultem em fracasso educacional. O objetivo geral da pesquisa é analisar os desafios de aprendizagem no processo de alfabetização e letramento dos alunos do 2º ano na escola de Ensino Fundamental Francisco Ordônio. Para responder a esse propósito, foram traçados os seguintes objetivos específicos: analisar como os professores percebem e expressam as dificuldades de aprendizagem de seus alunos; descrever os desafios de aprendizagem encontradas nas na sala de 2º ano do Ensino Fundamental; Identificar as estratégias de ensino utilizadas pelas professoras que contribuem com a aprendizagem dos alunos. Participaram da investigação: a coordenação, professores e alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola de Ensino Fundamental Francisco Ordônio, em Tianguá/CE. Para a realização deste trabalho adotou-se a pesquisa descritiva, transversal, com enfoque qualitativo. Na coleta de dados foram utilizados como instrumentos, questionários abertos direcionados a cada categoria de participantes. As respostas obtidas foram analisadas individualmente, dentro de cada objetivo específico correspondente as questões, com base no referencial teórico. A presente investigação traz como contribuições subsídios a problematizações que permitam a formulação de novas perguntas, abordagens teórico-metodológicas, tendo em vista que os desafios de aprendizagem dos alunos representam um enorme desafio para a educação e sinalizam a necessidade de ferramentas pedagógicas eficazes. Contudo, lecionar é um grande desafio dentro do universo educacional, já que os professores precisam entender quais serão as melhores formas de atuação dentro da sala de aula. Ao término da pesquisa pode-se inferir que as metodologias e estratégias utilizadas para o processo de alfabetização e letramento, apesar de apresentar alguns aspectos que necessitam serem reconsiderados, já registram resultados significativos.


Citas


Albuquerque, E. B. C. & Ferreira, A. T. B. (2008). A construção/fabricação de práticas de alfabetização em turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Educação, 33(3), 425-440.

Almeida, G.P. (2009). Dificuldades de Aprendizagem em leitura e escrita. Rio de Janeiro: Wak.

Alvarenga, E. M. (2019). Metodologia da investigação quantitativa e qualitativa: Normas técnicas de apresentação de trabalhos científicos. (2a ed.). Assunción, Paraguai.

André, M. (2016). Formar o professor pesquisador para um novo desenvolvimento profissional. In: M. André (org.). Práticas inovadoras na formação de professores. (pp.17-34). Campinas: Papirus.

Brandão, C. F. (2014) Os desafios do novo Plano Nacional de Educação (PNE) - Lei n. 13.005/14: comentários sobre suas metas e estratégias. São Paulo: Avercamp,

Brasil (1996). Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: LDB. BrasíliaDF. Recuperado em 23 de maio de 2023, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm#:~:text=L9394&text=Estabelece%20as%20diretrizes%20e%20bases%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20nacional.&text=Art.,civil%20e%20nas%20manifesta%C3%A7%C3%B5es%20culturais.

Brasil. (1988). (Constituição, 1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal.

Brasil (2006). Lei n.º 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei 9.394, de 1996. Recuperado em 23 maio 2023, de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11274.htm.

Brasil. (2010a). Conselho Nacional de Educação. Resolução n.º 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.

Brasil. (2010b). Conselho Nacional de Educação. Resolução n.º 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de dezembro de 2010, Seção I.

Brasil. (2013). Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC; SEB; DICEI.

Brasil (2014). Lei n.º 13.005. de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação. Recuperado em 23 de maio de 2023 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm

Brasil. (2015). Secretaria de Educação Básica. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Brasília: Ministério da Educação.

Brasil. (2017a). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, Brasília. Recuperado em 06 de junho de 2022 de https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=11/04/2019&jornal=600&pagina=16&totalArquivos=17.

Brasil. (2017b). Ministério da Educação. Resolução CNE/CP n.º 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular. Recuperado em 23 de maio de 2023 de http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/RESOLUCAOCNE_CP222DEDEZEMBRODE2017.pdf.

Brasil. (2019a). Senado Federal. Decreto n.º 9.765, de 11 de abril de 2019. Política Nacional de Educação. Recuperado em 23 de maio de 2023, de https://legis.senado.leg.br/norma/30902116/publicacao/30905492.

Campoy, T. (2016) Metodología de la investigación científica. Ciudad del Este (py): U.N.C. del Este.

Campoy, T. (2019). Metodología de la investigación científica. Manual para elaboración de tesis y t trabajos de investigación. MARBEN. Asunción.

Candau, V. M. (2011). Formação continuada de professores: tendências atuais. In: V.M. Candau (Org.). Magistério: construção cotidiana. (pp.29-50). Petrópolis: Vozes.

Carvalho, M. (2009) Alfabetizar e letrar: Um diálogo entre a teoria e a prática. (6a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Castanheira, M. L., Maciel, F. I. P., Martins, R. M. F. (2007) (Org.). Alfabetização e letramento na sala de aula. (2a ed.). Belo Horizonte: Autêntica: Ceale,

Chevallard, I. (2013) Sobre a Teoria da Transposição Didática: algumas considerações introdutórias. Revista de Educação, Ciências e Matemática, 3(2), 1-14.

Correia, M.C. (2009). A observação participante enquanto técnica de investigação. Pensar Enfermagem, 13(2), 30-36

Cosenza, R M. & Guerra, L. B. (2011) Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed.

Demo, P. (2000). Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas.

Dionisio, A. P., Machado, A. R. & Bezerra, M. A. (2017). Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola.

Dobranski, V. G. (2017) O espaço escolar como ambiente alfabetizador. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná], Curitiba.

Dolz, J., Noverraz, M., & Schneuwly, B. (2004). Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: J. Schneuwly, & J. Dolz. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado de Letras.

Ehri, L. C. (2014). Orthographic mapping in the acquisition of sight word reading, spelling memory, and vocabulary learning. Scientific Studies of Reading, 18(1), 5-21.

Ezpeleta, J. & Rockwell, E. (1986). Pesquisa participante. São Paulo: Cortez.

Ferreiro, E. (1996) Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez.

Ferreiro, E., Teberosky, A., & Lichtenstein, D. M. (1986). Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas.

Fontana, R.A. C. & Cruz, M.N. da. (1997). Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual.

Franco, M.A.R.S. (2012) Pedagogia e prática docente. São Paulo: Cortez.

Freire, P. (1982). Educação: o sonho possível. Rio de Janeiro: Graal.

Freire, P. (2001). A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez.

Freire, P. (2001b). Carta de Paulo Freire aos professores. Estudos Avançados. 15(42), 259-268.

Gatti, B.A. (2016). Questões: professores, escolas e contemporaneidade. In: M. André (Org.). Práticas inovadoras na formação de professores. (pp.35-48). Campinas, SP: Papirus.

Gil, A. C. (2008) Métodos e técnicas de pesquisa social. (6a ed.). São Paulo: Atlas

Grosch, M.S. (2011) A formação continuada de professores na rede municipal de ensino de Blumenau: a escola de formação permanente Paulo Freire – EFPPF (1997-2004). [Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina], Florianópolis.

IBGE. (2021). Áreas territoriais. Recuperado em 24 de maio de 2023, de https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/estrutura-territorial/15761-areas-dos-municipios.html.

Imbernón, F. (2009). Formação permanente do professorado: novas tendências. São Paulo: Cortez.

Imbernón, F. (2011). Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. (9a ed.). São Paulo: Cortez.

Kishimoto, T.M. (2000). Brinquedos e materiais pedagógicos nas escolas infantis. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.27, n.2, p.229-245, jul./dez. 2001.

Kleiman, A.B. (2005). Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever? São Paulo: Cefiel / IEL / UNICAMP.

Klein, L. R. (2012). Alfabetização: Quem Tem Medo de Ensinar? (6a ed.). São Paulo: Cortez.

Lakatos, E. M., & Marconi, M. de A. (2003). Fundamentos de metodologia científica. (6a ed.). São Paulo: Atlas.

Leite, S.A.S. (2008). Notas sobre o processo de alfabetização escolar. In: S.A.S. Leite (Org.). Alfabetização e letramento: contribuições para as práticas pedagógicas. (4a ed.). Campinas/SP: Komedi,

Libâneo, J. C. & Alves, N. (2012). (Org.). Temas da pedagogia: diálogos entre didática e currículo. São Paulo: Cortez.

Machado, A., & Elias, M. F. (2021). Cérebro e Afetividade: potencializando uma aprendizagem significativa. Rio de Janeiro: Wak.

Minayo, M.C. S. (2001) Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: M.C.S. Minayo (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.

Moletta, A.K. (2018). Educação infantil e famílias: uma parceria fundamental. Porto Alegre: Sagah.

Morais, J. (2019). Consciência fonológica na educação infantil e no ciclo de alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica.

Morais, R. de (2013). (Org,). Sala de aula: Que espaço é esse? (24a ed.). Campinas, SP: Papirus.

Moreira. A., Vicente. L. & Maraschin. M. L. M. (2017) Ambientes alfabetizadores e suas contribuições ao processo de alfabetização. Chapecó: UFFS.

Oliveira, J. B. A. (2015). Repensando a educação brasileira: o que fazer para transformar nossas escolas. São Paulo: Salta.

Oliveira, M.K. (2010). Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo socio historico. São Paulo: Scipione.

Oliveira, R.Z.M. (2011) Educação infantil: fundamentos e métodos. (7a ed.). São Paulo: Cortez.

Pereira, H.P. (2014). O Letramento: um desafio em sala de aula. Anais do XVII Congresso Internacional Asociación de Linguistica y Filologia de América Latina, João Pessoa.

Piaget, J. (2010). Psicologia e pedagogia: a resposta do grande psicólogo aos problemas do ensino. (10a ed., D.A. Lindoso, Trad.). Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. (2a ed.). Novo Hamburgo: Feevale.

Rego, T. C. (1995) Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. (6a ed.). Petrópolis/ RJ: Vozes.

Ribeiro, E.A. (2008). A perspectiva da entrevista na investigação qualitativa. Evidência, 4(1), 129-148.

Richardson, R.J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.

Rojo, R. H. (2010). Alfabetização e letramentos múltiplos: como alfabetizar letrando? In: E. O. Rangel & R.H.R. Rojo. Língua Portuguesa: ensino fundamental. (pp.15-36). Brasília: MEC. (Coleção Explorando o Ensino).

Rosa, G.A. da, Grosch, M.S. & Lorenzini, V.P. (2017) Reflexões sobre educação na contemporaneidade: certezas, (in) certezas e desafios. Revista IberoAmericana de Estudos em Educação, 12(2), 1037-1055.

Rosa, M.V.F.P.C., & Arnoldi, M.A.G.C. (2006). A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismos para a validação dos resultados. Belo Horizonte: Autêntica.

Santos, E. S. (2013). O professor como mediador no processo ensino Aprendizagem. Revista Gestão Universitária. São Paulo. Recuperado em 24 de maio de 2023, de http://www.udemo.org.br/RevistaPP_02_05Professor.htm.

Saravali, E.G. (2003). Dificuldades de aprendizagem e interação social. [Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação], Campinas.

Saviani, D. (2013). Sobre a natureza e especificidade da educação. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, 7(1), 286-293.

Silva, G.P. da. (2017). Desenho de pesquisa. Brasília: Enap.

Silvia, M. G. & Lima A. N. (2021). Gêneros textuais: imprescindíveis no ensino-aprendizagem. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 7(7), 625-640.

Soares, M. & Batista, A. G. (2005). Alfabetização e letramento: caderno do professor. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG.

Soares, M. (2018). Letramento-um tema em três gêneros. São Paulo: Autêntica.

Soares, M. (2020). Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. São Paulo: Contexto.

Souza, K. R.; Scaff, E. A. da S. (2011) Ensino fundamental de nove anos: da garantia à efetivação do direito à educação. In: P.G. Lima; L.T.C. Oliveira (Org.). Educação básica e superior: tessituras da contemporaneidade. (pp.45-60). Jundiaí/SP: Paco.

Tardif, M. (2013). A profissionalização do ensino passados trinta anos: dois passos para a frente, três para trás. Educação e Sociedade, 34(1), p.551-571.

Vygotsky, L. S. (2000). A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

Vygotsky, L. S. (2007). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. (7a ed., M. Cole et al., Trad.). São Paulo: Martins Fontes.

Vygotsky, L. S. (2007). Pensamento, linguagem e desenvolvimento intelectual. In: L.S. Vygotski. Pensamento e linguagem. (pp.77-89). São Paulo: Ridendo Castigat.

Wallon, H. (1934/2010). As origens do caráter na criança. (P.S. Damtas, Trad.). São Paulo: Difusão Européia do Livro.

Werthein, J. (2000). A sociedade da informação e seus desafios. Ciência da Informação, 29(2), 71-77.


Texto completo: PDF

Refbacks

  • No hay Refbacks actualmente.