ANÁLISES DA CONDIÇÃO SOCIAL, CULTURAL E ECONÔMICA DOS ALUNOS INSERIDOS NO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA ESCOLA ESTADUAL CARANÃ E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO EDUCACIONAL.

SIMONE DOS SANTOS CATÃO

Resumen


Um grande principio pedagógico é a escola aproximar-se da vida de seus alunos, conhecer a realidade que os cerca e tentar suprir as deficiencias encontradas. Alunos marcados pela probreza, pela ausência de bens culturais, devem encontrar na escola meios de suprir suas necesidades. Então, de que forma a condição social, cultural e económica dos alunos inseridos no programa de aceleração da aprendizagem são fatores que influenciam o processo educacional? Diante disso, realizou-se a pesquisa na escola estadual Caranã no municipio de Boa Vista – Roraima/Brasil, cujo o objetivo proposto foi analisar a influencia da condição social, econômica e cultural dos alunos inseridos no programa de Aceleração da Aprendizagem no processo educacional. A metodologia aplicada no desenvolvimento da pesquisa que em essência, é exploratória e descritiva, consiste em relatar e analisar fatos, eventos e acontecimentos pesquisados, com um paradigma de caráter qualitativo. A amostra da referida pesquisa será não-probabilística, pois pretende obter informações precisas dos 20(vinte) alunos entre 14 anos à 18 anos de idade da turma do Programa de Aceleração da aprendizagem 8º e 9º ano (correção de fluxo). As ferramentas para obtenção dos dados foram através de um questionário realizado com os 20 alunos da turma de Aceleração da Aprendizagem, entrevista individual semi-estruturada para os coordenadores pedagógicos da escola Caranã e com a coordenadora do Programa de Aceleração de Aprendizagem com intuito de analisar o Processo Ensino/aprendizagem desse programa, a análise documental do rendimento escolar dos 20 (vinte) alunos, uma observação direta realizada com os alunos, professores e escola e o grupo de discussão focal realizada com os professores que trabalham diretamente com os alunos da turma de Aceleração da Aprendizagem. As análises da referente pesquisa permitem considerar que o aluno com distorção idade-série tem o direito a uma educação de qualidade, mas a realidade evidenciada na prática ainda está muito longe de ser garantido, faltam profissionais capacitados para trabalhar com esse Programa de Aceleração da aprendizagem e que realmente desenvolvam metodologias voltadas à realidade social, cultural e econômica desses alunos.

Citas


Almeida, L. & Mahoney, A. (2004). A constituição da pessoa na proposta de Henri Wallon. São Paulo: Edições Loyola.Henri Wallon: Psicologia e Educação.7ª ed. São Paulo: Loyola.

Assencio, F. & Vicente, J. (2005). O que todo professore precisa saber sobre neurologia. São José dos Campos: Pulso.

Bzuneck, J. A. (2001). A Motivação do Aluno: Aspectos Introdutórios. In: Bzuneck, J.A.; boruchovitch, E. (Orgs). A motivação do aluno: Contribuições da Psicologia Contemporânea. Rio de Janeiro: p.9-31, editora Vozes.

Chácon, I.G. M. (2004). Revista Pátio – Pedagógica, ano VIII, N° 29 – RJ.

Coll, C. MARCHESI, Álvaro e PALÁCIOS, Jesús. Desenvolvimento Psicológico e Educação-Transtornos do Desenvolvimento e Necessidades Educativas Especiais. Trad. Fátima Murad-2 Ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, 3v.

Cunha, A. E. (2010). Afeto e Aprendizagem: Relação da amorosidade e saber na prática pedagógica.2 ed. Rio de Janeiro: Wak. Castro, E.V. (2008). Promoção por Avanços Progressivos e Aceleração de Estudos; velhos ou novos rumos de ensino? In: DALBEN, A.I.L. de F. (Org.). Avaliação Educacional; memórias, trajetórias e propostas. Belo Horizonte: Ed. UFMG.

Costa, E. C.& Penco. I. J. F. (2009). Dificuldades de aprendizagem: Tipos de Dificuldades de Aprendizagens encontradas na Clínica de acompanhamento Pedagógico, do Unisalesiano Lins/SP –Unidade II. São Paulo, 2009.Cruz, M.L. & R.M. (2013). Ambiente virtual de aprendizagem para letramento dealunos com deficiência intelectual. 246p. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Dias, S. J. (2013). Educação superior: bem público, equidade e democratização. Avaliação, Campinas,vol.18, n.1, pp. 107-126. ISSN 1414-4077.

Fernández, A. (1990). A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas.

Fernández, A. (2001). Os idiomas do aprendente. Porto Alegre: Artes Médicas.

Fernandes, F. Luft, Celso P.; Guimarães, F. M. (1996). Dicionário Brasileiro GLOBO.São Paulo; Globo. Freire, P. (1999). Educação como prática de liberdade. Freire. P. (1975). Pedagogia do Oprimido. 2ª edição. Freire, P. (1995). Pedagogia da Autonomia – Saberes Necessários à prática educativa. 15ª edição ed. Paz e Terra, Rio de Janeiro.

Garcia. S. (org), ABED, A. Soares, Tufi & Donnini, Silvia. (2012). Saltos de Aprendizagem: o percurso de uma Metodologia inovadora em Educação. São Paulo: Mind Lab Brasil & INADE.

Gardner, H. (2000). Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre, Artes Médicas Sul.

Libâneo, J. C. (2000). Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente, 4ª Ed. – São Paulo: Cortez. - (Coleção Questões da Nossa Época: v. 67).

Lima, L.M. S. (2000). Motivação em sala de aula: A mola propulsora da aprendizagem. In: Sisto, F.F; Oliveira, G.C; Fini, L.D.T. (Orgs.) Leituras de psicologia para formação de professores. Rio de Janeiro: Vozes, p. 148-161. Menezes, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. (2001). Verbete aceleração de aprendizagem. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix.Deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

Moreira, A.F. (2007). Ambientes de Aprendizagem no Ensino de Ciência e Tecnologia. Belo Horizonte: CEFET-MG.

Oliveira, Marta K. (1992). Vygotsky e o processo de formação de conceitos In: la Taille, y.; Oliveira, M. K.; Dantas, H. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão. São Paulo: Summus.

Perrenoud, P. (2005). Escola e Cidadania: O papel da escola na formação para a democracia. Porto Alegre, Artmed, 2005.

Polity, E. (2001). Dificuldade de aprendizagem e família: construindo novas narrativas. São Paulo, Vetor editora.

Rosa, M. A. (nov.1999/jan. 2000). Aceleração de aprendizagem é alternativa para o fracasso escolar. Porto Alegre, Ano 3, n.11, p.44-47. Pátio-Revista Pedagógica.

Saltini, C. J. P. (2008). Afetividade e Inteligência. 5 eds. Rio de Janeiro: Livraria: Wak.

Szymanski, H. (2001). A relação família/escola desafios e perspectivas. Brasília, Plano editora.

Sposati, A. Equidade, In: OLIVEIRA, D.A.; DUARTE, A.M.C.; VIEIRA, L.M.F. DICIONÁRIO: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação, 2010. CDROM. Teles, M. L. Silveira. (2004). Educação- A Revolução Necessária, 4ª ed , vozes- RJ. Vidal, E; Costa, L. & Vieira, S. L. (2007). Ensino Fundamental: fim de um ciclo expansionista ? In: Análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2005. Livro 2 – Educação. Publicação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Brasília. Wallon, H. (1975) . Psicologia e Educação da Infância. Lisboa, Editorial Estampa. Wallon, H.(1999). A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70. Wallon, H. (2007). Afetividade e aprendizagem – Contribuições de Henry Wallon. São Paulo: Edições Loyola.

Woolfolk Anita E .(2000). Psicologia da Educação.7ª ed. Porto Alegre: ArtMed.

Zabala, A. (1998). A Prática Educativa. Como Ensinar. São Paulo: ArtMed


Texto completo: PDF

Refbacks

  • No hay Refbacks actualmente.