O PROFESSOR AGRESSOR: A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO PARANÁ.

HELOISA GREIN VIEIRA

Resumen


A presente tese analisa o professor agressor, um registro da violência nas escolas Estaduais do Paraná, tendo como problema a ser investigado: as medidas preventivas adotadas pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná para a violência existente na rede estadual de ensino são satisfatórias quando tratamos do professor que pratica a violência contra os alunos? A presente temática justifica-se porque está centralizada no trabalho de um órgão público, em como enfrentar e diminuir o problema da violência escolar, quando tratamos do caso dos professores que agridem os próprios alunos dentro da sala de aula. Como foco da pesquisa, escolheu-se quatro relatórios finais de processos administrativos disciplinares que relatam os seguintes tipos de violência ocasionadas por professores contra os alunos: violência psicológica, o bullying, violência sexual e violência física. O objetivo geral da pesquisa é: analisar as medidas preventivas adotadas pela Secretaria de Educação do Paraná a fim de combater a violência existente na rede estadual de ensino. Para se alcançar esse objetivo, traçaram-se os seguintes objetivos específicos: relatar os casos de violência em que o professor é o agressor dentro da rede estadual de ensino; descrever os procedimentos adotados pela Secretaria de Educação do Paraná quanto as denúncias recebidas; dissertar os casos práticos e as formas de conciliação ou punição dentro da Secretaria de Estado da Educação quanto aos docentes violentos. Adotou-se o tipo de estudo descritivo, com enfoque qualitativo. Utilizou-se para a coleta dos dados a observação dos casos concretos. A pesquisa para essa tese foi realizada no Brasil, Estado do Paraná, no município de Curitiba.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa por meio do Parecer n.º 4.300.905, via Plataforma Brasil sob n.º 4226920.2.0000.8387/CAA, juntamente com os instrumentos da coleta dos dados quais sejam: análise documental de quatro relatórios finais dos Processos Administrativos Disciplinares transitados em julgado no ano de 2017.Com a investigação, concluiu-se que a penalidade imposta aos professores agressores ainda é muito pequena, haja vista que o professor pode retornar à sala de aula mesmo após um julgamento de um processo administrativo disciplinar.


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