IMPLICAÇÕES DA VIOLÊNCIA ESCOLAR NO TRABALHO DOCENTE DO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO MUNICIPAL DE POJUCA, BAHIA

MARIA JOSE DA SILVA GRILLO

Resumen


A violência em coletivos escolares assume lugar de destaque na agenda pedagógica por aferir os mais diferentes danos à prática escolar, nos diferentes ciclos escolares do ensino básico, no Brasil e no mundo com repercussão direta no trabalho docente. Dentre tantos enfoques do tema, sobressai o das dificuldades combativas do problema, classicamente à base de intervenções pontuais, verbalizações morais e psicologizantes, medidas administrativas e, não raras vezes, por capitulação da gestão escolar (geral e pedagógica) frente aos distúrbios e conflitos violentos na ambiência da sala de aula e do contexto escolar. O que evidencia uma visão parcial da questão, já que a violência e suas múltiplas espécies e efeitos, segundo a literatura pertinente, vinculam-se a fatores internos (no plano subjetivo do indivíduo) e a fatores externos (no plano macrossistêmico da sociedade), em processo interativo de influência. Assim posto, este estudo demarcou como objetivo analisar as ações de violência escolar que ocorrem nos ciclos finais do ensino fundamental entre alunos e professores e os respectivos efeitos no trabalho docente no Colégio Municipal Presidente Castelo Branco, do município de Pojuca, Bahia. O método foi pesquisa não experimental descritiva com corte transversal e abordagem qualitativa, tendo como técnica de coleta de dados entrevista aberta com apoio de questionário aberto junto à amostra não probabilística intencional de alunos e professores do 6º e 7º anos do ensino fundamental, e análise documental como subsídio analítico. A pesquisa apontou que alunos e professores têm conhecimento da realidade em sala de aula e da escola quanto à violência, tanto verbal como física, sendo as mais recorrentes xingamentos, intimidações, ameaças, insultos, ofensas morais e humilhação, e físicas (brigas corpo a corpo ou com instrumentos), empurrões e pontapés e correlatos, promovendo abalos às relações interpessoais com efeitos danosos ao trabalho docente, já que tais ações desviam os planos, o desenvolvimento e o foco de aula, além de gerar problemas psicossomáticos ao professor, em razão de doenças, baixa autoestima e, não raras vezes, por afastamento das atividades, efeitos também associados ao aluno.

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