FORMAÇÃO DOCENTE E SEXUALIDADE: Dilemas na Práxis de Professores de Ciências Naturais e/ou Biológicas

Resumen

Objetivou-se com este estudo analisar os dilemas sobre sexualidade que são evidenciados na formação e na práxis de professores de Ciências Naturais e Biológicas. Como Referencial Teórico nos debruçamos em Freud (1978), Bonfim (2012), Focault (1984, 1998, 1999), Furlani (2007), Imbernón (2011), Quirino (2014), Le Breton

(2006), Dacroce (2011), Stearns (2010), Shaffer (2003), Muller (2013), Louro (2010), Figueró (2009) e outros não menos relevantes para esta investigação cientifica. Utilizou- se pesquisa do tipo descritiva e explicativa na Abordagem Qualitativa e paradigma explicativo que teve como sujeitos de pesquisa 06 Professores de Ciências Naturais e/ou Biológicas de 05 Escolas Publicas Municipais na Cidade de Almeirim no Estado do Pará com a utilização de entrevistas e questionários como instrumentos de pesquisa. Concluiu-se que não se pode afirmar que os professores a partir de suas vozes foram contemplados com o debate da sexualidade em sua formação inicial, uma vez que há ausência de conhecimento teórico da temática objeto de estudo nesta investigação; Que os professores não conseguem relacionar a teoria com a prática vivenciada no dia a dia do contexto escolar para a práxis de educar sexualmente os alunos; as Escolas não oferecem formação e tão pouco, preocupam-se com a educação sexual dos alunos; que os Professores apresentam uma visão reducionista e empírica em relação à sexualidade de forma que não educam os alunos sexualmente, partem da ideia do conhecimento sobre sexualidade de forma preventiva tento como ponto de partida somente conhecimentos biologizantes e higienistas e que estes estão presos a dogmas construídos a partir de sua construção Histórica, social e cultural onde seus argumentos estão fortemente impregnados dos aspectos religiosos e assim, percebem sexualidade como uma temática proibida e complexa e que apresentam falas impregnadas de preconceito e assim não percebem o ser humano em sua totalidade, ou seja, reduzem o Homem a mero artefato morfofisiológico o que produz uma práxis pedagógica permeada de mitos e contradições pra o debate da sexualidade.